Resenha: Dias Perfeitos

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Título: Dias Perfeitos

Autor: Raphael Montes

Páginas: 274

Editora: Companhia Das Letras

Téo é um estudante de medicina, com os dias monótonos de sua vida, divide seu tempo entre cuidar da mãe cadeirante e  em visitas à sua amiga Gertrudes. Gertrudes é sua melhor amiga, é a única que entende Téo, porém, melhor seria se ela não estivesse permanentemente confinada na sala de anatomia, com seus tecidos sendo explorados, a cada dia, pelos estudantes de medicina.

Téo, com seu jeito solitário e autossuficiente não costuma frequentar festas ou qualquer contato com uma vida social fora de sua rotina definida, até o dia em que sua mãe lhe convence à ir em um churrasco, prometendo não permanecer muito tempo.

No churrasco, Téo conhece Clarice -que sonha em tornar-se roteirista e está escrevendo um Road Movie, chamado Dias Perfeitos, o qual passa por várias cidades Brasil à fora,- com quem tem uma breve conversa que lhe deixa fascinado desde o primeiro momento; a garota lhe intriga com perguntas “descasuais”, sem nenhuma censura.

Daí em diante Téo se esforça para seguir os passos de Clarice todos os dias;  observa-a de longe na faculdade, em bares, etc. até a garota lhe acusar de estar perseguindo-a, desencadeando uma verdadeira obcessão. Com o intuito de fazer Clarice o conhecer melhor, ele decide programar uma viajem seguindo os destinos do roteiro de Dias Perfeitos (isso ajudaria Clarice à finalizá-lo, segundo Téo) e claro, com a finalidade da garota se apaixonar por ele – mesmo que Clarice não queira isso.

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“A tensão interna, a fluência narrativa e a qualidade literária de Dias Perfeitos capturam o leitor. Raphael Montes o presenteia com um thriller digno de um veterano da cena do crime.” -Luiz Alfredo Garcia-Roza

Um livro contado diretamente da visão de um sociopata/psicopata, nos traz perspicazes justificativas para cada ato irracional, de maneira assustadora. Com a narração eletrizante, como sempre, o final surpreendente faz contar os segundos para o lançamento de uma nova obra do autor-  o qual, sempre prova sua singularidade com o abordagem de assuntos curiosos e intrigantes em suas narrações.

Dias Perfeitos é a melhor e mais “poética” história de amor que já li – e a única que realmente me prendeu atenção (rsrs) – com porte de best-seller, na minha classificação imaginária, perde somente para Suicidas (do mesmo autor) realmente por eu apreciar mais a narrativa e esquematização daquele tema.

Em Dias Perfeitos, sentimos na pele –literalmente-  o que um psicopata pensa, e  como esquematiza seus planos, porém também vemos como uma paixão obsessiva pode levar alguém a cometer “loucuras” por amor.

Sobre o Autor:

Raphael Montes  é um escritor brasileiro,Estudou no tradicional Colégio de São Bento. Estreou na literatura policial em 2009, com o conto A Professora, incluído na coletânea Assassinos S/A . Em 2012, seu primeiro romance, Suicidas , foi finalista dos prêmios Benvirá e Machado de Assis. Raphael anunciou que suas duas obras serão adaptadas para o cinema, com estréia para 2015/2016. Além disso, Dias Perfeitos será publicado nos Estados Unidos, Inglaterra, Espanha, Holanda, Itália e França.

Obras:

  • 2012 – Suicidas (romance) – Saraiva
  • 2014 – Dias perfeitos (romance) – Companhia das Letras
  • 2015 – Jantar [título provisório] (romance)

Resenha: Garota Exemplar

Titulo: Garota Exemplar (Gone Girl)

Autor(a): Gillian Flynn

Amy, a garota dos sonhos; perfeita e moradora de Nova York. Filha única, foi usada como personagem principal de uma série de livros “Amy Exemplar” , escrita pelos seus pais. Sua história muda quando conhece Nick Dunne, e vê nele alguém especial. (…) Algum tempo após se casarem, se mudam para a cidade de infância de Nick, uma cidadezinha no interior, resguardada pelo rio MIssisipi, isso se dá porque a mãe de Nick está com câncer, precisando do filho mais perto. Amy e Nick Dunne então são um jovem casal, prestes à completar seus 5 anos de casado. Tudo parece ir muito bem até na manhã do quinto aniversário. Algo muito estranho acontece. Ao chegar em casa, após o trabalho, Nick se depara com a sala revirada e nada de sua esposa. Tudo indica que ocorreu uma briga feia na cena do crime. A polícia levanta várias hipóteses sobre o desaparecimento de Amy, inclusive assassinato. E todos os holofotes se dirigem à Nick, que leva tudo muito tranquilamente e com uma estranha falta de expressão diante de tudo. Sua situação piora quando, a versão de Nick sobre seu casamento, contradiz totalmente com o que vemos no diário de Amy, já considerada desaparecida pela polícia.

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Contado de maneira perspicaz, Garota Exemplar descreve até onde podemos sustentar as mentiras sobre nós mesmos, ou até criarmos nossa própria personalidade para conquistarmos alguém, sem sermos nós mesmos.

Contado alternando entre Amy/Nick, vemos Nick no presente e Amy, no passado, relatando em seu diário.
Um livro muito bem feito e organizado, o tipo de obra que assombra e encanta. Estava lendo meio devagar no começo, porém de uma hora pra outra me deixou de queixo caído e eu devorei em um dia só. Surpreendente, qualquer aposta sobre o fim estará errada. Não há tanto mistério policial quanto pensei, porém não foi necessário: o livro foca na psicologia humana, mas sempre com alguma dúvida diante do caso de Amy -uma mistura que deu muito certo.
Para mim o melhor personagem foi Amy. Muito bem desenvolvido,estático e familiar em suas anotações de diário. Já Nick, é o personagem que você ama e odeia ao mesmo tempo.

Sobre a Autora:

Gillian Flynn é uma escritora americana e crítica televisiva. Livros publicados: Objetos Cortantes- Na própria carne- Lugares Escuros  e Garota Exemplar

Foram recebidos com grande elogio por parte da crítica , e até de outros autores, como Stephen King.

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Resenha: Amanhã Você Vai Entender

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Título Original: When You Reach Me

Autor(a): Rebecca Stead

Número de Páginas: 222

 

Miranda, uma simpática protagonista que narra uma instigante história que envolve mistério, junto de valores e de como o tempo não para -pelo menos para a maioria.
Miranda começou a receber estranhos bilhetes que aparentam prever a morte de alguém que é muito próxima a ela, e ao mesmo tempo parecem dar instruções estáticas de como salvar essa pessoa, que ela nem mesmo sabe quem. Mas, como esses bilhetes chegaram até ela? Miranda suspeita que o autor dos bilhetes possa ter invadido sua casa em algum momento sem deixar qualquer rastro. Seu melhor amigo, Sal, foi agredido no meio da rua e depois do incidente vem agindo estranhamente e tentando evitá-la. Tudo isso enquanto sua mãe está treinando para participar de um programa de televisão.
Miranda então se vê voltada a descobrir o significado dos misteriosos bilhetes, assim como seu remetente. Mas para isso ela terá de juntar todas as pistas, até descobrir o que sempre esteve à sua frente, encoberto por algo que somente o tempo pôde ser capaz de abrir: uma fresta, e revelar esse grande enigma e apreensão que ela se encontra.
O tipo de livro que, por mais simples, encanta qualquer um. Amanhã você vai entender parte da visão simples do mundo, para algo além do complexo, em que uma menina tem nas mãos uma decisão definitiva, que pode salvar alguém que ela ama. Tão cativante, com uma narrativa tranquila e leve; disposta em vários pequenos capítulos. Um livro simples e genial, com a quantia certa de mistério e fantasia entrelaçados. Um livro para todas as idades e que, está com certeza nos meus preferidos e candidato à releitura váááárias vezes.
Uma coisa que me chamou a atenção e eu gostei do padrão foi os títulos dos capítulos. A maioria dos títulos seguem padrão de “coisas que…” como por exemplo “Coisas Que Guardamos Em Uma Caixa” ou “Coisas Que se Perdem”, e achei muito interessante e agradável, sendo até um pouco misterioso. (Gostei muito dessa edição da intrinseca, que mantém alguns elementos da capa original.)

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Sobre o Autor(a):

Rebecca Stead, como seus personagens, foi criada em Nova York, onde vive com o marido e os dois filhos. Amanhã você Vai Entender recebeu em 2010 a prestiosa Medalha Newbery, entregue anualmente pela american Library Assiciation às mais importantes contribuiçoes norte-Americanas à literatura jovem

 

Resenha: Carrie, A Estranha

 

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Título: Carrie, A Estranha (Carrie)

Autor: Stephen King

Páginas: 199

Carrie é uma adolescente tímida e solitária, que muitas vezes não entende as piadas de seus colegas, e por isso acaba se tornando a própria piada. Carrie, aos 16 anos é privada de muitas coisas que as garotas comuns de sua idade costumam fazer , por causa da mãe; uma extrema fanática religiosa.

“Carrie acredita que tudo é pecado. Viver é enfrentar, a cada dia, o terrível peso do pecado”

Motivo de deboches na escola, até mesmo os professores a acham estranha e incapaz de conviver com os demais. Mas o que ninguém imagina, é que a garota esconde dons sobrenaturais. Com concentração, Carrie é capaz de fazer pequenos objetos levitarem e moverem-se. -Carrie tem o dom da telecinesia, vulgarmente conhecido como TC.
Carrie trabalha seus poderes secretamente, escondendo-os totalmente da mãe, que acha que a filha é obra do demônio por causa dos mesmos.(mal sabe ela que é genético, sendo sua própria obra)
Na noite do baile, alguém faz Carrie abrir sua visão de mundo, sempre tão fechada. Um ato de pura bondade e arrependimento. Mas também, outro ato de extrema crueldade, faz Carrie despertar seu lado negro e sombrio, e buscar vingança de todos que riram e lhe usaram, transformando-se em uma arma de horror e destruição. -“Chegou a hora do acerto de contas”.-

Nunca tinha lido um livro do Stephen King, e por algum motivo tive a chance de lê-lo. Achei Carrie menos pavoroso do que imaginei que seria. É mais destruição e horror, do que o próprio terror, ou seja, não algo assustador em sí.
O livro é narrado em terceira pessoa, mas contando a versão de vários personagens. Achei muitotumblr_mta5p9TRGZ1qmqaweo2_500 cativante essa ideia do autor(apesar de no começo eu ainda estar meio perdida, e estar achando tudo uma bagunça!) ,ele conta a visão de um personagem e então coloca uma parte de algum noticiário ou livro comentando o acontecimento já no futuro, só então volta a narrar um personagem diferente do anterior. Confuso? Só no começo até você pegar as pontas! (depois, quando se entende a prática, se torna, de confuso para uma inteligente maneira de contar a história)
Outra coisa que me chamou a atenção e gostei muito, foi a introdução do Stephen King. Lá , ele conta a inspiração da história e os motivos que o levaram a escrevê-la, e que, no começo, a havia jogado no lixo.
Ainda não assisti o filme, que decidi que só iria assistir depois de ler o livro, mas pelo que eu li por ai, são três filmes, feitos em diferentes anos. Sendo o mais recente de 2013 (figurado pela atriz protagonista do filme “Se Eu Ficar”)
Gostei muito, muito mesmo (!!!) de Carrie, A Estranha e pretendo ler outros livros desse autor.

Sobre o Autor:

Stephen Edwin King é um escritor americano, reconhecido como um dos mais notáveis escritores de contos de horror fantástico e ficção de sua geração. Os seus livros venderam mais de 350 milhões de cópias, com publicações em mais de 40 países. Muitas de suas obras foram adaptadas para o cinema. É o nono autor mais traduzido no mundo.

Embora seu talento se destaque na literatura de terror/horror, escreveu algumas obras de qualidade reconhecida fora desse gênero e cuja popularidade aumentou ao serem levadas ao cinema, como nos filmes Conta Comigo, Um Sonho de Liberdade (contos retirados do livro As Quatro Estações),Christine, Eclipse Total, Lembranças de um Verão e À Espera de um Milagre.

    “Estendemos o tempo como podemos, mas no fim o mundo leva tudo de volta”

-Stephen King

Resenha: Cidades de Papel

Quentin (ou simplesmente Q) sustenta uma paixão platônica pela vizinha e amiga de infância: Margo. Porém a ultima vez que havia tido contato com Margo, foi quando, ainda crianças, ela apareceu na janela de Q, para contar o que ela descobriu sobre um desconhecido que, horas antes, eles haviam encontrado morto num bosque.
Até a noite, anos depois, em que Margo aparece na sua janela novamente,vestida como ninja. Tudo porque Margo quer que Quentin seja seu motorista durante a madrugada, enquanto Margo executa o mais infalível dos planos, dividido em 11 passos, todos a serem cumpridos numa noite. Quentin é claro, aceita, pensando que isso pode fazê-lo se aproximar dela. Na manhã seguinte, após sobreviver às criativas ideias de Margo, Q vê a deploravel ideia de se aproximar de Margo ir por agua abaixo: Margo desapareceu.
Ela tornou-se um mistério, o qual Quentin faz questão de resolver. Após encontrar algumas pistas que, acha que Margo deixou especificamente para ele, e quer que ele seja a pessoa que a encontre, embarca numa jornada incerta.

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Créditos da imagem: Vinicius Vieira de Lima.

 Uma das mais estimadas e recentes obras de John Green,  cheia de frases irremediavelmente engraçadas e com um título da obra bastante curioso. Na minha opinião, o livro se mostrou transcorrer de maneira magnifica e descontraída, porém em algumas partes me lembrou bastante “Quem é Você Alasca”, do mesmo autor (um autor pode cometer plágio de sí mesmo?!!) e cheguei até a suspeitar seriamente do final, mas que acabou mostrando que eu estava errada.
Pensei até que esse seria o livro que “destronaria” meu favorito -Quem é Você Alasca- já que estava gostando muito do desenvolver da história e, de toda a narração descontraida que fluia muito bem. Porém, o final me decepcionou. E de alguma maneira me impediu de gostar do livro como um todo, entao não foi dessa vez que Quem é você Alasca perde seu reinado absoluto. Talvez eu estivesse esperando mais, ou não consegui aceitar aquele final, pois, por mais que a mensagem seja muito boa e legal, não gostei do acontecimento. Pra mim foi muito simples, contando com a infinidade de possíveis desfechos para a história.

Mas concluindo, não me arrependo em nenhum momento de tê-lo lido, pois o transcorrer do livro foi ótimo e de uma maneira que não dá vontade de soltar até terminar a leitura. Além da mesagem superlegal que o livro carrega.

 

“Fazer as coisas nunca é tão bom quanto imaginá-las.”

-Cidades de Papel, John Green

Resenha: Atrás do Espelho (Unhinged)

*Pode conter spoilers de “O Lado Mais Sombrio”*

 

Já faz cerca de um ano que Alyssa retomou sua vida normalmente.Ou quase isso. Sua visita ao Pais das Maravilhas lhe deixou marcas que nunca serão contidas e  à transformou de maneira razoável.

Mas tudo o que ela quer agora é terminar o ensino médio e ir morar em Londres com seu namorado Jeb. Jeb está trabalhando em Londres e não tem tanto tempo para Alyssa como costumava.

Alem de sua mudança externa, como sua mecha de cabelo vermelho que insiste em continuar em sua cabeça (resultado de seu ultimo encontro com o País das Maravilhas e a Rainha Vermelha), ela também começa a presenciar a constante perturbação em seus mosaicos; agora sempre  tão violentos e em certos momentos, até fazem referencia à Vermelha.

Mas é em um momento que Alyssa não compreende ser alucinação ou realidade que ela recebe a visita de seu fiel apreciador: Morfeu.

Morfeu quer que Alyssa volte para o País das Maravilha e destrua de vez a Rainha Vermelha – que esta consumindo com o lugar – mas Alyssa se recusa concretamente, dizendo ter “escolhido ser humana”. Morfeu revida ao “desaforo”  prometendo entrar no mundo dos humanos (mundo “real”?)  colocando todos que Alyssa ama, em perigo.

(- Logo depois ela acorda no hospital : alucinações ou realidade?)

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Esse livro é tão viciante quanto o primeiro! Simplesmente apaixonante! Me sinto suspeita para criticar esse livro… hahah

Nesse segundo livro da trilogia , vemos  maiores “aparições” da relação “mãe e filha”  entre a Alyssa e a Alison, que agora está fora do sanatório.

A escrita de A.G.Howard continua fantástica e viciante, nos prendendo bravamente ao livro, e como um vínculo, nos mantendo entrelaçados à história, fazendo-nos não querer mais largar.

Essa trilogia está se tornando a minha preferida desde que comecei a ler. Ela consegue atrair minha atenção e é diferente de outras releituras da Alice.

 Unhinged está sendo publicado pela Editora Novo Conceito, e tem pré-venda, com data de entrega para dia 16 de setembro. A adaptação do titulo ficará como “Atrás do Espelho”. Confira a sinopse disponibilizada pela editora:

 

“Em O Lado mais Sombrio , a releitura dark de Alice no País das Maravilhas , Alyssa Gardner foi coroada Rainha, mas acabou preferindo deixar seus afazeres reais para trás e viver no mundo dos humanos. Durante um ano ela tentou voltar a ser a Alyssa de antes, com seu namorado, Jeb, sua mãe, que voltou para casa, seus amigos, o baile de formatura e a promessa de ter um futuro em Londres. No entanto, Morfeu, o intraterreno sedutor e manipulador que povoa os sonhos de Alyssa, não permitirá que ela despreze o seu legado. O mesmo vale para o País das Maravilhas, que parece não ter superado o abandono. Alyssa se vê dividida entre dois mundos: Jeb e sua vida como humana… e a loucura inebriante do mundo de Morfeu. Quando o reino delirante começa a invadir sua vida real , Alyssa precisa encontrar uma forma de manter o equilíbrio entre as duas dimensões ou perder tudo aquilo que mais ama.”

 Resenha O Lado Mais Sombrio

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 Sobre o autor(a) :

 A.G.Howard escreveu O lado mais Sombrio, seu primeiro livro, enquanto trabalhava em uma biblioteca escolar. Casada e mãe de dois adolescentes, ela divide seus dias entre passar o tempo com sua família e escrevendo o seu próximo livro. Quando não está escrevendo, gosta de patins, esquiar na neve, jardinagem e família.Vive em Amarillo,no Texas.

Resenha: Will & Will: um nome, um destino

Esta obra é uma parceria de John Green e David Levithan , ambos aclamados pelo público jovem.

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Primeiro somos apresentados,  no primeiro capitulo, ao Will Grayson de John Green. O típico personagem desse autor: estudioso, quieto e que prefere ficar no seu canto.

Will está  quase sempre acompanhado de Tiny Cooper – um  fabuloso super gay, como will o intitula –  que é seu melhor amigo, e esta produzindo um musical chamado Tiny Dancer ( que deveria existir, porque é muito, muito, muito engraçado;  à nível de Brodway), que retrata a vida de Tiny.

 E Jane, uma garota da qual Tiny está sempre tentando fazer de namorada de Will. Will começa a finalmente  perceber que gosta de Jane( e que talvez já seja tarde), mas para ficar com ela vai ter que passar  por cima e desobedecer  uma série de regras e pessoas tolas.

 No capitulo seguinte conhecemos o Will Grayson  de David Levithan, um jovem que trata depressão com remédios e que mora com a mãe, sem saber do paradeiro do pai.

Will ainda está procurando um jeito de contar à mãe e ao resto das pessoas sobre sua orientação  sexual: ele é gay.

Will tem uma única amiga, Maura, de quem não gosta e só parece continuar a amizade para fingir, dizer que tem pelo menos com quem passar o intervalo da aula. Maura parece estar começando a gostar de Will, mas não sabe que ele é gay.

Há um ano, Will conheceu seu atual namorado virtual, Isaac. Os dois moram em cidades diferentes e quando finalmente marcam de se conhecer, os fatores da historia mudam.

Will Grayson conhece Will Grayson, e isso, quem diria, pode mudar a vida de ambos.

 

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Até o Will conhecer o outro Will a história estava parada, mas depois a narrativa ficou esplêndida. Tiny foi quem fez a historia se desenrolar e tomar forma, sendo colocado quase na frente dos Will’s em quesito de personagem principal. Consegui gostar mais do Will Grayson do David Levithan, do que do John Green, pois o Will (JG) me irritou em alguns momentos, mas no final, ele me conquistou também. De todos os rumos que a história poderia tomar, o que aconteceu no final foi bem diferente do que eu imaginava que aconteceria, quando eu peguei para ler a primeira vez.

Os capítulos são alternados entre Will(JG) e Will(DL). Sendo que John Green escreve sempre com letra Maiúscula e David Levithan, sempre em minúscula.

 

Tiny Dancer é demais ❤

 

 

Sobre o autor:

John Green cresceu em Orlando, Flórida, a uma pequena distância da Disney World. Se mudou para Ohio para cursar a universidade, onde estudou Inglês e Religião. Por vários meses após se graduar, John trabalhou como capelão em um hospital infantil. Enquanto estava lá, teve a inspiração para escrever seu primeiro romance, Quem é você, Alasca?, que se tornou um bestseller nos Estados Unidos e ganhou muitos prêmios literários, como o Michael L. Printz Award nos EUA e o Silver Inky Award na Austrália. O segundo romance de John, An Abundance of Katherines, foi publicado em 2006 e se tornou finalista do Los Angeles Times Book Prize e também nomeado livro de honra do Michael L. Printz. Paper Towns, publicado nos EUA em 2008, estreou em quinto lugar na lista dos mais vendidos do The New York Times e ganhou o Edgar Allan Poe Award pelo melhor romance de mistério. Em 2009, Paper Towns foi eleito em primeiro lugar por mais de 11 mil leitores no Top 10 dos Adolescentes da American Library Association.

No seu tempo livre, John é um grande fã do Campeonato Inglês de Futebol, mas ele não fala para que time torce, porque não quer alienar possíveis leitores. Ele admite, entretanto, ficar arrepiado toda vez que ouve: “You’ll Never Walk Alone” (Você nunca andará sozinho).

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Resenha: “A Elite” de Kiera Cass

 **Pode conter spoilers de A Seleção** 

 

A Elite é o segundo livro da trilogia A Seleção e se inicia no exato momento em que o outro (confira a resenha aqui)  termina, prosseguindo com a competição da Seleção.

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Título: A Elite (The Elite)

Autor(a): Kiera Cass

Páginas: 351

 

Quando America chegou ao Palácio, nunca imaginaria que ficaria muito tempo, muito menos que seria da Elite, como é agora. A Elite consiste numa segunda divisão da Seleção, mais diminuta, na qual somente as dez garotas, as mais aclamadas pelo Príncipe, permanecem. Nessa edição da Seleção as coisas estão diferentes, sendo que pelos constantes ataques rebeldes ao Palácio, Maxon decidiu que a Elite seria formada apenas por seis garotas.

America agora vive um dilema constante de um quase triângulo amoroso, sabendo que chegará o momento que ela precisará escolher. Porém se sente completamente dividida: quando está com Aspen, seus pensamentos voam ao se lembrar dos encontros na casa da árvore assim como seu amor por ele, mas quando está com Maxon, tudo é como um conto de fadas. Quando ela está com Aspen, sabe que este será sua escolha, mas quando está com Maxon, fica certa de que ele é seu escolhido.

Maxon continua a não saber que Aspen, quem ele acha que quebrou o coração de America no passado, está no Palácio trabalhando como guarda e foi designado a fazer patrulha na porta de America durante a noite; assim como não sabe de suas conversas escondidas que America tem com o mesmo.

Maxon deseja America mais que todas da Elite, mas ela está certa de que fazer essa escolha também consiste em aceitar a coroa, a qual tem suas dúvidas sobre ser princesa, e com tantas coisas que ela não concordava e permaneciam sem explicação. Mas America precisa decidir e se dar conta de que não é a única da Elite, ou pode perder o seu posto de “favorita” do Príncipe.

Os ataques rebeldes estão ficando mais frequentes, e com isso, America não parece ser a única que se pergunta o porquê e do que estão atrás, já que os nortistas reviram o Palácio a cada intrusão.

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Estou adorando a trilogia e o fato de o foco estar se concentrando não somente no triângulo amoroso, dando a distopia ao livro, assim como deve tratar mais dos rebeldes. Não é um livro muito parado ou que se arrasta, e quase sempre tem algo novo. Também exerce um pouco de diversão em momentos, com a narração descontraída, feita pelos olhos da própria America.

Quando às edições, são simplesmente maravilhosas e já ligo automaticamente a America à modelo (Audrey H.) da capa.

 

 

” – É a coisa mais maravilhosa e terrível que pode acontecer com você – afirmou com simplicidade – Você sabe que encontrou algo incrível e quer levá-lo para sempre consigo. E um segundo depois de ter aquilo, você fica com medo de perder.”

-A Elite

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A continuação da distopia de A seleção, continua com a competição que começou, mas agora em nível diferente: A Elite.

 

 

 

 

 

Resenha: “Eleanor & Park”

 

Eleanor & Park trata-se de um romance adolescente, que aponta vários assuntos ao longo de seus curtos e dinâmicos capítulos.

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Título: Eleanor & Park

Autor(a): Rainbow Rowell

Páginas:325

 

Eleanor é nova na escola, e logo no primeiro dia de aula, quando entra no ônibus, é desprovida, pelos populares, de um assento. Até Park, que não é popular, mas não é nenhum alvo de brincadeiras, diz para Eleanor se sentar ao seu lado, já que não suportava ver os colegas se aproveitando da garota nova.

Eleanor é o tipo de personagem fora dos padrões de beleza da sociedade. Ela se acha “grande” comparada às outras garotas, além de usar roupas masculinas e ser ruiva . Eleanor tem de conviver com o padrasto, que maltrata a mãe e é alcoólatra; por isso vivem em constante falta de renda.

Park é o irmão mais velho, e gosta de escutar música e ler gibis. Sua mãe é coreana, então ele tem seus traços fisionômicos diferentes também. Isso poderia significar que ele é alvo de brincadeiras na escola, mas não. Park não chega a ser colocado ao lado dos populares, mas é deixado em paz pelos mesmos.

 

Eleanor e Park não trocam uma palavra no tempo em que dividem o banco do ônibus, mas com o tempo, Park vai percebendo que a garota espia seus quadrinhos enquanto ele os lê no caminho para a escola. Aos poucos, vão trocando revistas de quadrinhos e se tornando próximos, e, apesar da desaprovação da família e a zombaria dos amigos, nada impede os dois de se apaixonarem.

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A experiência do primeiro amor dos dois marca o coração de forma imperfeita e aconchegante.

A história, apesar de bem desenvolvida, deixou a desejar. Com uma escrita bem dinâmica e oral/moderna, cheia de gírias, pode ser colocada à frente de John Green e seus palavrões.

O final poderia ter sido melhor desenvolvido, apesar de terminar com um “gostinho de quero mais”, poderia ter seguido os mais diversos caminhos.

Os personagens foram bem elaborados. Porém, o livro se resume em uma crise adolescente e também familiar de uma Eleanor indecisa, que, hora gosta de Park, hora não. Mas levando em consideração todos os problemas familiares da garota, quase justificam seus atos e decisões.

A capa é extremamente cativante e adorável, além de estar relacionada com a história (que tem trilha sonora garantida o livro inteiro 😉 ). Porém há alguns erros de escrita nessa edição. O livro é famoso pelo comentário de John Green (escritor de “A Culpa é das Estrelas”), que é estampado logo na capa: “Eleanor & Park me lembrou não apenas de como é ser jovem e apaixonado por uma garota, mas também como é ser jovem e apaixonado por um livro”

Desde o começo me lembrou “As Vantagens de Ser Invisível”, por vários motivos, como: músicas, personagens, assuntos, polêmicas, além de se passar na década de 80 (mais especificamente em agosto de 1986).

 

Achei o livro “normal”, porém compensou tê-lo lido. A experiência do primeiro amor dos dois marca o coração de forma imperfeita e aconchegante.

Sobre o Autor(a):

Rainbow Rowell é uma autora americana de livros jovens-adultos ou adulto-contemporâneo. Seus livros jovem-adulto Eleanor & Park e Fangirl receberam muita aclamação da crítica em 2013. Ela é casada e tem dois filhos

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Resenha: “A Seleção”

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Título: A Seleção (The Selection)

Autor(a): Kiera Cass

Páginas: 357

Resenha:

Após várias guerras, os Estados Unidos não existem mais. Endividado e sem condições de quitar seus compromissos financeiros, se vê invadido pela China, que agora o chamam de Estado Americano da China, e mais recentemente Illéa. Esse é o horizonte que ‘A Seleção’ nos apresenta.

A história se passa em Illéa, um país ainda muito jovem, que utiliza de um sistema em que a sociedade é dividida em Castas.  Elas vão da Realeza (Um) até Oito – os mais miseráveis.

America Singer é uma garota da casta Cinco. Os Cinco vivem na corda-bamba – têm um pouco menos que o suficiente – e trabalham no ramo da arte. Como sua casta sugere ela é cantora. Até que surge uma grande oportunidade: A Seleção.

A Seleção consiste em 35 garotas chamadas Selecionadas, as quais disputarão, enquanto conviverem no Palácio, o coração do Príncipe Maxon, e, consequentemente, a própria coroa .

Para America, A Seleção é um pesadelo, pois a oportunidade é grande e arriscada ao mesmo tempo. Afinal, traria tamanhos benefícios à sua família, que precisa de dinheiro. Porém, isso significa deixar para trás Aspen (um rapaz de uma casta abaixo dela) com o qual ela vive um amor secreto, para competir por algo que ela não quer.

Apesar de não querer,  America é convencida pela mãe a se inscrever na Seleção, e, consequentemente, é selecionada para a “competição”.

Quando America conhece Maxon se dá conta de que, talvez, toda aquela imagem de pessoa vaidosa e superficial, que ela pensava ser quando o via na TV e estava sendo preparada, não tinha nada da verdadeira personalidade do príncipe fora dos holofotes.

Porém, no prosseguir da história, percebemos que o foco pode não ser somente America e sua participação na Seleção, assim como todas as cenas envolvidas nela, mas contando os vários ataques rebeldes ao Palácio e suas misteriosas razões.

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Um Livro extremamente cativante, que dá a vontade de ler todo de uma vez, e ler logo o próximo, já que o mesmo termina/para no exato momento em que A Elite (continuação de A Seleção)  começa. A protagonista, America, foi muito bem desenvolvida; mostrando-nos seus pontos positivos (qualidades) e negativos (defeitos) fazendo-nos acreditar que ela é alguém como qualquer um, não um personagem perfeito, surreal.

Houve muitas comparações com Jogos Vorazes, já que os dois compartilham do mesmo enredo de distopia e também tratam de assuntos em comum. Porém, apresentam universos totalmente diferentes e intrínsecos de cada um, assim como a história.

 

Sobre o Autor(a):

Nasceu em 1981, na Carolina do Sul, Estados Unidos. Formou-se em história na Universidade de Radford, na Virginia, e publicou seu primeiro livro, The Siren, em 2009, em uma edição independente. Beijou aproximadamente catorze garotos em sua vida, mas nenhum deles era um príncipe.

 É o primeiro de uma trilogia.

É o primeiro de uma trilogia.