Festim, A Festa do Horror

 

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A cruz no topo da torre mais alta da igreja se disfarçava timidamente com os véus de nevoa que pairavam sobre a Terra naquela manhã.

Padre Frederico abriu violentamente as enormes portas da igreja, que rangiram, espalhando seu eco pelo salão como se fosse infinito. Ao mesmo tempo em que a multidão invadiu o espaço rumo as barracas de venda da festa junina.

A barraca mais movimentada era ” A Boca do Palhaço”; onde a desproporcional imagem de  um palhaço encarava as pessoas, desafiando- as e então dirigindo um  sorriso frio e mórbido.

Todos os sons se misturavam em um alegre caos então por um momento tudo pareceu silenciar-se e o momento congelo – um grito estridente se destacou entre todos os outros sons.

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Enquanto o IML empacotava os membros e órgãos, que um dia formaram um corpo, Padre Frederico lamentava a tragédia que acontecia em sua igreja.

A discoteca se mantinha alheia ao caos que ocorria do lado de fora, como se as paredes delineassem dois mundos. Então mais gritos vieram, junto com uma fumaça que cortava o frio do inverno e se esquivava pleos tubos de respiração. Do lado de fora podia-se ouvir as batidas de desespero nas portas, agora eternamente trancadas.

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O tempo parecia paralisado e cada passo parecia ser errado na tentativa de fuga. Padre Frederico encarou o chão por uma fração de segundo, os olhos marejados e as mãos unidas em concha – tremendo- sentindo a vida deslizando como um sombra, sutilmente. Ali, encolhido em meio a multidão, parecia um corpo tão frágil quanto realmente era; seu corpo diminuto clamava compaixão.

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Padre Frederico olhou novamente para suas mãos tremulas em concha; agora formando um cálice de sangue, vermelho vivo -como as tulipas na primavera, quente -como uma doce canção no inverno.

 

DECLARAÇÃO DE “A” (NOMES EM SIGILO) -SOBREVIVENTE.

(…)

(Delegada): Quando o fogo começou a se espalhar?

(Sobrevivente): Logo após o IML levar o corpo. As pessoas não tiveram tempo de sair…era como se tivessem espalhado gasolina nas entradas do salão, e o fogo da discoteca logo passou de um lugar para o outro…na mesma hora, na verdade.

D: Está assimilando que foi tudo planejado?

S: é… espere, não sei…estou nervosa ainda  (soluços)

D: Devemos investigar isso. Mais alguma coisa relevante?

S: Hum… antes de sair correndo, pude ver ele, o psicopata ainda com a túnica…se pode ainda dizer que é de “padre” e a roupa ensanguentada no alto da torre da igreja rindo, Deus me perdoe, como se estivesse com o demônio. Pude ver o momento que ele se jogou lá de cima, depois de fazer toda essa tragédia…bebeu o sangue da própria vitima que assassinou! Eu juro delegada! Não estou louca!

(tumulto) (passos) (Fim da gravação)

Ele caminhou através da torre da igreja. Subiu no telhado,-o mai próximo do céu que conseguia. Olhou ao redor e viu nos rostos amedrontados das pessoas o horror, como via nos filmes de ficção. A fogueira da festa se unificando com o fogo do salão principal, e as labaredas devorando os corpos já frios. Então, abriu a boca e mostrou todos os dentes, como se alguém tivesse contado a melhor piada do ano. Sorriu uma ultima vez; um sorriso do gato da Alice, um sorriso como da “Boca do Palhaço”, um sorriso diabólico e mortal.

” Ele podia voar para longe dali em suas asas de anjo” pensou a medida que pulou.

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Resenha: Suicidas

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Título: Suicidas

Autor: Raphael Montes

Páginas: 487

Há um ano atrás, nove jovens se reuniram para jogar roleta-russa no porão de uma mansão. Mas o que os levou à isso? Qual o motivo do mórbido estado em que os corpos foram encontrados? Depois de todo esse tempo, uma nova pista foi revelada, essa capaz de justificar atos até então considerados irracionais: um livro escrito diretamente por um dos suicidas, que descreve momento após momento o que aconteceu naquele porão. Sendo isso, são convocadas as mães dos suicidas para uma nova reunião, na qual fragmentam-se comentários e observações das entidades enquanto a leitura do livro do suicida é feita.

Um livro um tanto mórbido, em momentos até macabro; com pensamentos profundos e frios, e a visão do abismo de cada personagem. Uma narração delicada e assustadora, com um final tão perverso quanto o próprio livro.

coverO livro não contém um personagem principal propriamente dito, mas foca em Alessandro, já que o mesmo foi quem escreveu o livro narrando os suicídios, qual mais tarde foi tomado como umas das principais pistas para a investigação do caso.

É basicamente dividido em três tempos (que são contados ao mesmo tempo, aletoriamente) –O presente: em que as mães estão na delegacia e tentam decifrar a pista.

(O passado) A noite dos suicídios: Onde vemos Alessandro narrando as mortes (até o momento em que ele mesmo morre).

(O passado II) O diário: Onde Alessandro (o mesmo que escreve o livro na noite dos suicídios no porão, e supõe-se ser o protagonista) conta passagens aleatórias de sua vida, algum dia, acontecimento, etc. que no final do livro se tornam significativos.

Se tornou meu livro preferido desde então; de tamanho razoável, mas que em míseros dois dias deve-se devorá-lo facilmente. Com uma narração eletrizante, que nos faz pensar já saber o final (pensamento errado na maioria dos casos). Como sempre, Raphael Montes nos surpreende com o inimaginável.

Leia a resenha de Dias perfeitos

Sobre o Autor:

raphaelmontesRaphael Montes  é um escritor brasileiro, estudou no tradicional Colégio de São Bento. Estreou na literatura policial em 2009, com o conto A Professora, incluído na coletânea Assassinos S/A . Em 2012, seu primeiro romance, Suicidas , foi finalista dos prêmios Benvirá e Machado de Assis. Raphael anunciou que suas duas obras serão adaptadas para o cinema, com estréia para 2015/2016. Além disso, Dias Perfeitos será publicado nos Estados Unidos, Inglaterra, Espanha, Holanda, Itália e França.

Obras:

Resenha: Dias Perfeitos

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Título: Dias Perfeitos

Autor: Raphael Montes

Páginas: 274

Editora: Companhia Das Letras

Téo é um estudante de medicina, com os dias monótonos de sua vida, divide seu tempo entre cuidar da mãe cadeirante e  em visitas à sua amiga Gertrudes. Gertrudes é sua melhor amiga, é a única que entende Téo, porém, melhor seria se ela não estivesse permanentemente confinada na sala de anatomia, com seus tecidos sendo explorados, a cada dia, pelos estudantes de medicina.

Téo, com seu jeito solitário e autossuficiente não costuma frequentar festas ou qualquer contato com uma vida social fora de sua rotina definida, até o dia em que sua mãe lhe convence à ir em um churrasco, prometendo não permanecer muito tempo.

No churrasco, Téo conhece Clarice -que sonha em tornar-se roteirista e está escrevendo um Road Movie, chamado Dias Perfeitos, o qual passa por várias cidades Brasil à fora,- com quem tem uma breve conversa que lhe deixa fascinado desde o primeiro momento; a garota lhe intriga com perguntas “descasuais”, sem nenhuma censura.

Daí em diante Téo se esforça para seguir os passos de Clarice todos os dias;  observa-a de longe na faculdade, em bares, etc. até a garota lhe acusar de estar perseguindo-a, desencadeando uma verdadeira obcessão. Com o intuito de fazer Clarice o conhecer melhor, ele decide programar uma viajem seguindo os destinos do roteiro de Dias Perfeitos (isso ajudaria Clarice à finalizá-lo, segundo Téo) e claro, com a finalidade da garota se apaixonar por ele – mesmo que Clarice não queira isso.

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“A tensão interna, a fluência narrativa e a qualidade literária de Dias Perfeitos capturam o leitor. Raphael Montes o presenteia com um thriller digno de um veterano da cena do crime.” -Luiz Alfredo Garcia-Roza

Um livro contado diretamente da visão de um sociopata/psicopata, nos traz perspicazes justificativas para cada ato irracional, de maneira assustadora. Com a narração eletrizante, como sempre, o final surpreendente faz contar os segundos para o lançamento de uma nova obra do autor-  o qual, sempre prova sua singularidade com o abordagem de assuntos curiosos e intrigantes em suas narrações.

Dias Perfeitos é a melhor e mais “poética” história de amor que já li – e a única que realmente me prendeu atenção (rsrs) – com porte de best-seller, na minha classificação imaginária, perde somente para Suicidas (do mesmo autor) realmente por eu apreciar mais a narrativa e esquematização daquele tema.

Em Dias Perfeitos, sentimos na pele –literalmente-  o que um psicopata pensa, e  como esquematiza seus planos, porém também vemos como uma paixão obsessiva pode levar alguém a cometer “loucuras” por amor.

Sobre o Autor:

Raphael Montes  é um escritor brasileiro,Estudou no tradicional Colégio de São Bento. Estreou na literatura policial em 2009, com o conto A Professora, incluído na coletânea Assassinos S/A . Em 2012, seu primeiro romance, Suicidas , foi finalista dos prêmios Benvirá e Machado de Assis. Raphael anunciou que suas duas obras serão adaptadas para o cinema, com estréia para 2015/2016. Além disso, Dias Perfeitos será publicado nos Estados Unidos, Inglaterra, Espanha, Holanda, Itália e França.

Obras:

  • 2012 – Suicidas (romance) – Saraiva
  • 2014 – Dias perfeitos (romance) – Companhia das Letras
  • 2015 – Jantar [título provisório] (romance)

Resenha: Garota Exemplar

Titulo: Garota Exemplar (Gone Girl)

Autor(a): Gillian Flynn

Amy, a garota dos sonhos; perfeita e moradora de Nova York. Filha única, foi usada como personagem principal de uma série de livros “Amy Exemplar” , escrita pelos seus pais. Sua história muda quando conhece Nick Dunne, e vê nele alguém especial. (…) Algum tempo após se casarem, se mudam para a cidade de infância de Nick, uma cidadezinha no interior, resguardada pelo rio MIssisipi, isso se dá porque a mãe de Nick está com câncer, precisando do filho mais perto. Amy e Nick Dunne então são um jovem casal, prestes à completar seus 5 anos de casado. Tudo parece ir muito bem até na manhã do quinto aniversário. Algo muito estranho acontece. Ao chegar em casa, após o trabalho, Nick se depara com a sala revirada e nada de sua esposa. Tudo indica que ocorreu uma briga feia na cena do crime. A polícia levanta várias hipóteses sobre o desaparecimento de Amy, inclusive assassinato. E todos os holofotes se dirigem à Nick, que leva tudo muito tranquilamente e com uma estranha falta de expressão diante de tudo. Sua situação piora quando, a versão de Nick sobre seu casamento, contradiz totalmente com o que vemos no diário de Amy, já considerada desaparecida pela polícia.

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Contado de maneira perspicaz, Garota Exemplar descreve até onde podemos sustentar as mentiras sobre nós mesmos, ou até criarmos nossa própria personalidade para conquistarmos alguém, sem sermos nós mesmos.

Contado alternando entre Amy/Nick, vemos Nick no presente e Amy, no passado, relatando em seu diário.
Um livro muito bem feito e organizado, o tipo de obra que assombra e encanta. Estava lendo meio devagar no começo, porém de uma hora pra outra me deixou de queixo caído e eu devorei em um dia só. Surpreendente, qualquer aposta sobre o fim estará errada. Não há tanto mistério policial quanto pensei, porém não foi necessário: o livro foca na psicologia humana, mas sempre com alguma dúvida diante do caso de Amy -uma mistura que deu muito certo.
Para mim o melhor personagem foi Amy. Muito bem desenvolvido,estático e familiar em suas anotações de diário. Já Nick, é o personagem que você ama e odeia ao mesmo tempo.

Sobre a Autora:

Gillian Flynn é uma escritora americana e crítica televisiva. Livros publicados: Objetos Cortantes- Na própria carne- Lugares Escuros  e Garota Exemplar

Foram recebidos com grande elogio por parte da crítica , e até de outros autores, como Stephen King.

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Extraordinário

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O extraordinário é algo que ainda lateja sobre muitas mentes inquietas. É a definição do fantástico e improvável; e mais que isso, seu grande encaixe positivo nas frases certas.
Extraordinário é o que ainda pode se esperar dos pássaros voando sob rios, correnteza abaixo no verão; alegrando com seus hinos multicores.Em suas próprias esferas, -desligadas do mundo humano- carregam o peso de ver seu mundo indo abaixo, sem razão à eles aparente.
Extraordinário é o observar esperançoso do vento sobre tudo. Seu toque macio porém, cortante, resistente e não menos palpável que um choque. Fazendo-o traiçoeiro, sempre com a dúvida de tê-lo ali. Seu fantástico baile doravante as folhas recém chegadas da primavera, e sua adoração junto às chuvas das tempestades, trazendo um belo caos com a união dos dois elementos.
extraordinário é tudo o que quisermos. É a perfeição do imperfeito, o palpável aos dedos e o afagável à alma.
Extraordinário é tudo o que é incomum, e aos olhos que veêm duplo sentido, nada é comum.

-Julia S. Sobczack

 

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Resenha: Amanhã Você Vai Entender

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Título Original: When You Reach Me

Autor(a): Rebecca Stead

Número de Páginas: 222

 

Miranda, uma simpática protagonista que narra uma instigante história que envolve mistério, junto de valores e de como o tempo não para -pelo menos para a maioria.
Miranda começou a receber estranhos bilhetes que aparentam prever a morte de alguém que é muito próxima a ela, e ao mesmo tempo parecem dar instruções estáticas de como salvar essa pessoa, que ela nem mesmo sabe quem. Mas, como esses bilhetes chegaram até ela? Miranda suspeita que o autor dos bilhetes possa ter invadido sua casa em algum momento sem deixar qualquer rastro. Seu melhor amigo, Sal, foi agredido no meio da rua e depois do incidente vem agindo estranhamente e tentando evitá-la. Tudo isso enquanto sua mãe está treinando para participar de um programa de televisão.
Miranda então se vê voltada a descobrir o significado dos misteriosos bilhetes, assim como seu remetente. Mas para isso ela terá de juntar todas as pistas, até descobrir o que sempre esteve à sua frente, encoberto por algo que somente o tempo pôde ser capaz de abrir: uma fresta, e revelar esse grande enigma e apreensão que ela se encontra.
O tipo de livro que, por mais simples, encanta qualquer um. Amanhã você vai entender parte da visão simples do mundo, para algo além do complexo, em que uma menina tem nas mãos uma decisão definitiva, que pode salvar alguém que ela ama. Tão cativante, com uma narrativa tranquila e leve; disposta em vários pequenos capítulos. Um livro simples e genial, com a quantia certa de mistério e fantasia entrelaçados. Um livro para todas as idades e que, está com certeza nos meus preferidos e candidato à releitura váááárias vezes.
Uma coisa que me chamou a atenção e eu gostei do padrão foi os títulos dos capítulos. A maioria dos títulos seguem padrão de “coisas que…” como por exemplo “Coisas Que Guardamos Em Uma Caixa” ou “Coisas Que se Perdem”, e achei muito interessante e agradável, sendo até um pouco misterioso. (Gostei muito dessa edição da intrinseca, que mantém alguns elementos da capa original.)

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Sobre o Autor(a):

Rebecca Stead, como seus personagens, foi criada em Nova York, onde vive com o marido e os dois filhos. Amanhã você Vai Entender recebeu em 2010 a prestiosa Medalha Newbery, entregue anualmente pela american Library Assiciation às mais importantes contribuiçoes norte-Americanas à literatura jovem

 

Resenha: Carrie, A Estranha

 

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Título: Carrie, A Estranha (Carrie)

Autor: Stephen King

Páginas: 199

Carrie é uma adolescente tímida e solitária, que muitas vezes não entende as piadas de seus colegas, e por isso acaba se tornando a própria piada. Carrie, aos 16 anos é privada de muitas coisas que as garotas comuns de sua idade costumam fazer , por causa da mãe; uma extrema fanática religiosa.

“Carrie acredita que tudo é pecado. Viver é enfrentar, a cada dia, o terrível peso do pecado”

Motivo de deboches na escola, até mesmo os professores a acham estranha e incapaz de conviver com os demais. Mas o que ninguém imagina, é que a garota esconde dons sobrenaturais. Com concentração, Carrie é capaz de fazer pequenos objetos levitarem e moverem-se. -Carrie tem o dom da telecinesia, vulgarmente conhecido como TC.
Carrie trabalha seus poderes secretamente, escondendo-os totalmente da mãe, que acha que a filha é obra do demônio por causa dos mesmos.(mal sabe ela que é genético, sendo sua própria obra)
Na noite do baile, alguém faz Carrie abrir sua visão de mundo, sempre tão fechada. Um ato de pura bondade e arrependimento. Mas também, outro ato de extrema crueldade, faz Carrie despertar seu lado negro e sombrio, e buscar vingança de todos que riram e lhe usaram, transformando-se em uma arma de horror e destruição. -“Chegou a hora do acerto de contas”.-

Nunca tinha lido um livro do Stephen King, e por algum motivo tive a chance de lê-lo. Achei Carrie menos pavoroso do que imaginei que seria. É mais destruição e horror, do que o próprio terror, ou seja, não algo assustador em sí.
O livro é narrado em terceira pessoa, mas contando a versão de vários personagens. Achei muitotumblr_mta5p9TRGZ1qmqaweo2_500 cativante essa ideia do autor(apesar de no começo eu ainda estar meio perdida, e estar achando tudo uma bagunça!) ,ele conta a visão de um personagem e então coloca uma parte de algum noticiário ou livro comentando o acontecimento já no futuro, só então volta a narrar um personagem diferente do anterior. Confuso? Só no começo até você pegar as pontas! (depois, quando se entende a prática, se torna, de confuso para uma inteligente maneira de contar a história)
Outra coisa que me chamou a atenção e gostei muito, foi a introdução do Stephen King. Lá , ele conta a inspiração da história e os motivos que o levaram a escrevê-la, e que, no começo, a havia jogado no lixo.
Ainda não assisti o filme, que decidi que só iria assistir depois de ler o livro, mas pelo que eu li por ai, são três filmes, feitos em diferentes anos. Sendo o mais recente de 2013 (figurado pela atriz protagonista do filme “Se Eu Ficar”)
Gostei muito, muito mesmo (!!!) de Carrie, A Estranha e pretendo ler outros livros desse autor.

Sobre o Autor:

Stephen Edwin King é um escritor americano, reconhecido como um dos mais notáveis escritores de contos de horror fantástico e ficção de sua geração. Os seus livros venderam mais de 350 milhões de cópias, com publicações em mais de 40 países. Muitas de suas obras foram adaptadas para o cinema. É o nono autor mais traduzido no mundo.

Embora seu talento se destaque na literatura de terror/horror, escreveu algumas obras de qualidade reconhecida fora desse gênero e cuja popularidade aumentou ao serem levadas ao cinema, como nos filmes Conta Comigo, Um Sonho de Liberdade (contos retirados do livro As Quatro Estações),Christine, Eclipse Total, Lembranças de um Verão e À Espera de um Milagre.

    “Estendemos o tempo como podemos, mas no fim o mundo leva tudo de volta”

-Stephen King

Resenha: Cidades de Papel

Quentin (ou simplesmente Q) sustenta uma paixão platônica pela vizinha e amiga de infância: Margo. Porém a ultima vez que havia tido contato com Margo, foi quando, ainda crianças, ela apareceu na janela de Q, para contar o que ela descobriu sobre um desconhecido que, horas antes, eles haviam encontrado morto num bosque.
Até a noite, anos depois, em que Margo aparece na sua janela novamente,vestida como ninja. Tudo porque Margo quer que Quentin seja seu motorista durante a madrugada, enquanto Margo executa o mais infalível dos planos, dividido em 11 passos, todos a serem cumpridos numa noite. Quentin é claro, aceita, pensando que isso pode fazê-lo se aproximar dela. Na manhã seguinte, após sobreviver às criativas ideias de Margo, Q vê a deploravel ideia de se aproximar de Margo ir por agua abaixo: Margo desapareceu.
Ela tornou-se um mistério, o qual Quentin faz questão de resolver. Após encontrar algumas pistas que, acha que Margo deixou especificamente para ele, e quer que ele seja a pessoa que a encontre, embarca numa jornada incerta.

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Créditos da imagem: Vinicius Vieira de Lima.

 Uma das mais estimadas e recentes obras de John Green,  cheia de frases irremediavelmente engraçadas e com um título da obra bastante curioso. Na minha opinião, o livro se mostrou transcorrer de maneira magnifica e descontraída, porém em algumas partes me lembrou bastante “Quem é Você Alasca”, do mesmo autor (um autor pode cometer plágio de sí mesmo?!!) e cheguei até a suspeitar seriamente do final, mas que acabou mostrando que eu estava errada.
Pensei até que esse seria o livro que “destronaria” meu favorito -Quem é Você Alasca- já que estava gostando muito do desenvolver da história e, de toda a narração descontraida que fluia muito bem. Porém, o final me decepcionou. E de alguma maneira me impediu de gostar do livro como um todo, entao não foi dessa vez que Quem é você Alasca perde seu reinado absoluto. Talvez eu estivesse esperando mais, ou não consegui aceitar aquele final, pois, por mais que a mensagem seja muito boa e legal, não gostei do acontecimento. Pra mim foi muito simples, contando com a infinidade de possíveis desfechos para a história.

Mas concluindo, não me arrependo em nenhum momento de tê-lo lido, pois o transcorrer do livro foi ótimo e de uma maneira que não dá vontade de soltar até terminar a leitura. Além da mesagem superlegal que o livro carrega.

 

“Fazer as coisas nunca é tão bom quanto imaginá-las.”

-Cidades de Papel, John Green

Halloween!

Com o Halloween se aproximando, comecei  a imaginar de quê poderia me vestir esse ano. É claro que então começou uma dúvida infinita dentre os meus milhares de personagens preferidos. Não costumo ir em festas de Halloween então, essa data é mais uma desculpa pra dar uma de cosplayer!

Então decidi começar a filtrar minhas opções. Quais as roupas são mais fáceis de costurar, e os acessórios de achar. Quais vou precisar comprar alguma coisa a mais como perucas, etc…E mesmo assim a lista continua imensa. Uma parte porque, mesmo que eu tenha que comprar esses acessórios a mais para algum dos personagens, sempre há uma maneira de improvisar e dar um jeito.

Busquei misturar alguns personagens mais clichês do halloween, com alguns que nem mesmo são classificados como possíveis fantasias, afim de passar alguma inspiração e criar sua própria versão. Aqui alguns de minhas cogitações (sendo elas literárias ou não) e tanto as mais difíceis ou mais fáceis de fazer:

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as vestimentas, tanto de Elsa quanto da Anna, podem se tornar o maior obstáculo dessa fantasia. Os longos vestidos e a vasta possibilidade de diferentes cortes para o mesmo, podem o tornar de alto custo.

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Gasai Yuno

Yuno é com certeza uma de minhas personagens favoritas. Além disso, a personagem aparece ensanguentada em varias cenas e fotos, e se assim feito no cosplay também, dá um ar mais psicopata e lembra mais halloween.

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Luna Lovegood

Uma das minhas personagens preferidas de Harry Potter, só estou dando uma ideia base, afinal você pode simplesmente se vestir de estudante de Hogwarts…

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Carrie, A Estranha

Esse é super fácil! Nada além de tomar um banho de sangue falso e sair meio tonto pelas ruas! haha

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A SELEÇAO

pode-se mesmo fazer um cosplay disso?! Sim, afinal não há barreiras pra quem é fã! Só basta levar em conta que, quem te ver vestida de América, provavelmente não vai pensar que esta fantasiado e sim indo pra uma formatura…mas pode tentar uma versão sombria, um lado negro da personagem.

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A NOIVA CADAVER

A noiva cadáver é um projeto que venho pensando á tempos em executar.Tanto pela criatividade que se pode usar na maquiagem, como a relação desse personagem com o halloween, que o torna sombrio mas não clichê.

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Nárnia

Com  uma repleta lista de personagens fascinantes, não é fácil escolher um só… narnia863276    disney's_-narnia-wallpapers_17173_1600x1200

ALICE

Alice é uma ótima opção, obra de varias interpretações sombrias, das quais não faltam criatividade…

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VALENTE/O HOBBIT

Com  cabelos ruivos, um arco e um vestido  medieval, pode-se facilmente encarnar esses personagens…

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RAINHA BRANCA

…ou Rainha de Marfim é uma personagem muito querida por mim. Na adaptação do clássico por Tim Burton, a Rainha ganha sobrancelhas bem marcadas, acompanhadas dos lábios escuros em contraste com a pele pálida e o cabelo.

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Essas são algumas ideias que, você pode pegar de inspiração, e criar seu próprio estilo em cima de um dos personagens, sua própria versão. Afinal não tem regras, o que importa é você estar vestido de algo que goste!

 

Crises de Leitor | Personagens

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1.Novo livro, novos personagens.

Você acabou de sair de um universo totalmente diferente e entra num novo. Com o tempo começa a se acostumar com os novos personagens e suas características, desprendendo-se dos personagens do livro anterior. No começo você reluta em admitir: eles se foram. São passado. Está na hora de passar pra outra. Então você vai se identificando com os personagens do livro atual, e logo já vive em outra atmosfera.

2.Vocês formaram uma Aliança (ponto pro personagem!)

Você começa a REALMENTE SE IDENTIFICAR COM O PERSONAGEM.. Sente raiva dele em alguns momentos, mas em outros em que tudo esta ok, você acha ele o protagonista do ano. Você começa a se apegar…

3. Você se apaixonou!

Foi sem querer, sem previsão. Simplesmente de uma hora pra outra você se sentiu atraído pelo personagem e não sabe mais largar dele. Você começa a marcar suas passagens preferidas, mas se dá conta de que marca-textos já não são suficientes para sublinhar o livro inteiro!

4.COMO ASSIM?!

Não pode ser! Você tem que ler o mesmo parágrafo vinte vezes e não pode acreditar! Ele M-O-R-R-E-U! Como o autor pôde? Logo depois de você se apaixonar tão profundamente e ele simplesmente… mata o personagem!

Você fica com raiva do autor. Mas depois de um tempo, quando termina o livro, sai por ai dizendo que é seu livro preferido! #FaçoIsso

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Há vários “tipos” de personagens classificáveis …

Os Batalhadores

São as protagonistas (muitas vezes femininas, mas nem sempre)  que passam por coisas difíceis. E durante o livro têm de lutar, seja contra opinião dos outros, contra doenças ou corpo á corpo mesmo!

Nessa categoria temos personagens como Katniss de THG!

Os sensíveis

Essas são protagonistas femininas típicas de romances que incluem triângulos amorosos (apesar de não ser regra). Sempre são sensíveis sentimentalmente ou na fisionomia e são protegidas excessivamente por seus  admiradores ou namorados.

Os Normais

São os personagens mais profundos que algum autor pode criar, pois são tão reais que chegamos á nos identificar abundantemente. Não chegam á ser perfeitos, mas tem defeitos e cometem erros como costumamos. Desentendem-se com as pessoas ao redor, e até passam por crises de sentimentalismo às vezes. Não tem um padrão, são somente identificados quando você começa a vê-lo em alguém ou em si mesmo mais do que com outros a personagens (ou seja, pode ser de qualquer uma das características anteriores ou seguintes).

Os Pokemons

(O nome poderia ser qualquer outro que tivesse haver com evolução, mas achei esse mais criativo, já que a maioria deles evolui ;p ) -São os que simplesmente evoluem!

São os personagens que durante a trama vão evoluindo até que no final do livro alcancem seus ideais. E claro que essa evolução acontece em grande parte dos livros, como por exemplo, quando os personagens têm traumas ou coisas assim, e os superam. Porém, no personagem Pokémon e focado e trabalhado a evolução dessa síndrome.

Os Quietos Solitários

(inocentes ou indefesos muitas vezes…) Sempre me lembro dessa “categoria” quando falam em John Green. Não sei, mas acho os personagens dele todos meio padronizados: Estudioso, gosta de ficar em seu canto, geralmente poucos amigos, e prefere ficar em casa. O tipo Nerd Solitário mesmo.

Os Sem-Noção

Que sempre fazem idiotices estão sempre prejudicando o grupo que está em busca do foco central da história. Ou então entram em momentos inapropriados de clímax com piadas sem graça.

Os “loucos”

Que se caracterizam quando um personagem começa a ter visões ou coisas do tipo e os ao seu redor começam a pensar que esse personagem está louco ou desacreditar do mesmo.

Os Depressivos

Que é tão só que acaba deixando o leitor melancólico!  Às vezes passa por um dramático poeta em longos parágrafos com reflexões (e que às vezes no final deixa um vazio, ou então vai mel0orando no decorrer do livro, mostrando um tipo de evolução especifica do personagem, geralmente psicológica).